Foi em 1891, o longo e rigoroso inverno de Massachussets tornava impossível a prática de esportes ao ar livre. As poucas opções de atividades físicas em locais fechados se restringiam a entediantes aulas de ginástica, que pouco estimulavam aos alunos. Foi então que Luther Halsey Gullick, diretor do Springfield College, convocou o professor canadense James Naismith, de 30 anos, e confiou-lhe uma missão: pensar em algum tipo de jogo sem violência que estimulasse seus alunos durante o inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas abertas.
O esporte é disputado por duas equipes de 10 jogadores (5 em campo e 5 suplentes) que têm como objetivo passar a bola por dentro de um cesto e evitar que a bola entre no seu cesto colocado nas extremidades da quadra, seja num ginásio ou ao ar livre. Os aros que formam os cestos são colocados a uma altura de 3 metros e 5 centímetros. Os jogadores podem caminhar no campo desde que driblem (batam a bola contra o chão) a cada passo dado. Também é possível executar um passe, ou seja, passar a bola em direção a um companheiro de equipe.
O esporte se tornou olímpico nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936, desde então estiveram presentes em todos os jogos de verão. Atualmente, o esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro, nos mais de 170 países filiados à FIBA.
O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer a novidade. Augusto Shaw, um norte-americano nascido na cidade de Clayville em 1892, região de Nova York, dois anos depois, recebeu um convite para lecionar no tradicional Mackenzie College, em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre história da arte. Havia também uma bola de basquete. Mas demorou um pouco até que o professor pudesse concretizar o desejo de ver o esporte adotado no Brasil. A nova modalidade foi apresentada e aprovada imediatamente pelas mulheres. Isso atrapalhou a difusão do basquete entre os rapazes, movidos pelo forte machismo da época. Para piorar, havia a forte concorrência do futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande coqueluche da época entre os homens. Aos poucos o persistente Augusto Shaw foi convencendo seus alunos de que o basquete não era um jogo de mulheres.
Quebrada a resistência, ele conseguiu montar a primeira equipe do Mackenzie College, ainda em 1896. Em 1912, no ginásio da rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de Janeiro, aconteceram os primeiros torneios de basquete. Desde então o esporte difundiu no nosso país e em 1922 foi convocada pela primeira vez a seleção brasileira, quando da comemoração do Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio continental, em dois turnos, entre as seleções do Brasil, Argentina e Uruguai.
O esporte é praticado em competições e nas olímpiadas, sendo o objetivo do jogo introduzir a bola no cesto da equipe adversária e, simultaneamente, evitar que esta seja introduzida no próprio cesto, respeitando as regras do jogo. Então marcam-se pontos, dependendo do local e das circunstâncias do cesto: se for cesto dentro do garrafão (nome comum dado à Área Restritiva) obtém-se dois pontos, se for fora da linha dos 6,25 metros obtém-se 3 pontos, se for lance livre após uma falta, o cesto equivale a 1 ponto. As equipes devem fazer pontos sempre do lado oposto – é o meia-quadra de ataque – e defender o cesto do seu lado – na meia-quadra de defesa. A equipe que obtiver mais pontos no fim do jogo vence.
ARQUITETURA ESPORTIVA: BASQUETEBOL
A quadra do basquetebol deverá ter uma superfície rígida, plana, livre de obstruções, com dimensões de 28m de comprimento por 15 m de largura, medidos desde a margem interna da linha limítrofe.
A tabela deve ser construída em peça única e ser, preferencialmente, transparente, feita de vidro temperado. Caso não seja transparente, deve ser pintada de branco.
Elas devem estar colocadas a 1,20m de distância da linha final e a 2,9m de altura.