Como o interesse pelo esporte me levou à paixão pela Arquitetura Esportiva

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Hoje é dia de contar como a minha história com o Esporte influenciou minha paixão pela Arquitetura Esportiva, que após 9 anos realizei um sonho e uma certeza, “o que eu queria ser quando crescer”. Talvez essa história tenha começado em 1992, quando meus pais me colocaram no projeto da escola de esportes do nosso clube de que éramos parceiros. Meu primeiro contato com o esporte, alguns ensinamentos básicos como desenvolvimento motor e educacional. Foi quando aprendi que na vida, um dia ganhamos e no outro perdemos, que lidar com a derrota faz parte e nos faz crescer. No clube, aprendi como cada esporte funcionava: suas regras, materiais esportivos, espaços para jogar, áreas de competição. Eu conhecia o ambiente que anos depois iria projetar. Aprendi que para cada modalidade temos uma infraestrutura e um piso diferente, uma cesta, uma rede, um gol ou nenhum deles, simplesmente uma área livre para a prática de exercícios. Suas dimensões não eram as mesmas, as alturas das redes variavam, as linhas que às vezes eram consideradas bola de fora, em outros esportes eram linhas importantes, que davam origem ao placar.

Não posso deixar de dizer que a escola que estudei foi outra grande responsável pela minha descoberta. Estudei em São Paulo em uma escola que sempre incentivou os alunos a praticar esportes e todos os anos realizava as tão esperadas olimpíadas em suas unidades. Os esportes foram escolhidos de acordo com o nível motor de cada ano. Foi tudo organizado como uma verdadeira Olimpíada: tínhamos uniformes, mascotes, grito de guerra, treinos e equipes formadas pelos integrantes de cada turma, como se fossem países. Os atletas foram escalados pelos próprios alunos para competir em cada esporte, em concordância com os colegas de classe. Obviamente, houve muitas lutas para saber quem iria jogar o quê. Anos depois eu saberia que foi assim, só nas outras proporções que as Olimpíadas foram feitas. Isso se repetiu por quase todos os 16 anos que estudei lá.

A grande decisão veio na vida de um adolescente: deixei de lado o sonho de ser atleta e comecei a pensar no que queria fazer na faculdade. Não sei explicar porque, mas decidi que faria Arquitetura.

Quando eu estava no último ano da faculdade, minha mãe me convidou para participar de um workshop. Quem ministrou o conteúdo foi o arquiteto Eduardo Castro Mello. Ele falava do Estádio de Futebol de Brasília, que estava sendo projetado pelo escritório de seu pai, um escritório de arquitetura esportiva mais antigo (pioneiro da especialidade no mercado brasileiro). Se minha vida fosse um filme, tenho certeza que a essa altura teria aquela trilha sonora de trombetas e trombones de fundo. Foi lá, naquela noite, que descobri o que queria: unir as minhas duas paixões, a ARQUITETURA e o DESPORTO. Um estilo de vida, eu diria, acredito que foram todos os anos que me interessei pelo esporte, pratiquei e vivi isso, que me levaram a chegar onde estou hoje.

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